DÊ VOZ A SUA AUTOESTIMA

terça-feira, 19 de julho de 2016



Por: Andressa Bueno

Sabe aquela voz que te diz " você não vai passar", " não tenho tempo", quando estiver estudando para algum exame de admissão? E que no trabalho se repete " o chefe não gosta de você", " ele vai lhe dispensar" ? Essa é a voz da baixa autoestima que te acompanha cotidianamente, te deprimindo e "empurrando para trás". 


Uma pessoa com baixa autoestima, muitas vezes pensa negativamente sobre si mesma. E a baixa autoestima é baseada mais em crenças do que em fatos e o bom disso tudo é que as crenças podem ser alteradas.

Características de uma pessoa com baixa autoestima

  1.      Nunca está satisfeito com nada. Carrega um sentimento de insatisfação constante.
  2.     Geralmente não valoriza o que conquistou, e sim o que não consegui e o que não tem.
  3.      Normalmente são pessoas extremamente críticas, tendem a buscar a imperfeição.
  4.    São pessoas inseguras, não acreditam no seu potencial. Palavra chave (Não vou conseguir / Será?)
  5.      São pessoas que tem medo de desafios.
  6.      Não planejam o futuro.
  7.    Sentem necessidade de aprovação dos outros. Geralmente os outros são responsáveis pelo seu estado de humor.
  8.     Não sabem lidar com os elogios ( acha que é falsidade).


Causas da baixa autoestima:

Ser vítima de abusos (físico, emocional e psicológico); não ter tido suas necessidades básicas da infância supridas; Discriminação e Bullings são algumas causas da baixa autoestima. 

A pessoa com baixa Autoestima, ao longo do seu desenvolvimento, e a partir de uma percepção equivocada das experiências com o meio [família, escola, igreja] ao qual está inserido, estará formando a sua autoestima com base em ideias negativas, distorcidas da realidade. Essas ideias passam a ser consideradas como verdades absolutas. Para a Psicologia Cognitiva Comportamental, tais verdades são denominadas de Crenças Centrais. O processo em si é normalmente gradual, e sem perceber a pessoa pode vir a formar um resíduo de crenças negativas sobre si mesma.

A maioria dessas crenças são construídas na infância, quando a personalidade está sendo formada e a pessoa ainda não desenvolveu   os mecanismos de defesa para enfrentá-las. Mas enquanto adulto, a pessoa poderá a viver experiências que afetem sua autoestima e/ou outras que venham a reforçar as crenças negativas adquiridas na infância. No entanto, o sofrimento psíquico lhe acompanha ao longo dos anos até a idade adulta. 

Para a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), tais crenças são ativadas com base em ideias de DESAMPARO, DESVALOR e DESAMOR. 

Na crença de DESAMPARO a pessoa tem uma certeza (irracional/inconsciente) de que é incompetente e sempre será um fracassado. Na crença de DESAMOR a pessoa tem a certeza (irracional/ inconsciente) de que será rejeitada. E com base na crença de DESVALOR, a pessoa acredita ser inaceitável, sem valor algum. 

Dependendo de como estão enraizadas essas crenças negativas sobre si mesma, a pessoa pode se sentir mal, por exemplo, quando falar em público. E tentando escapar de situações assim, ela tende a reconfirmar tais crenças, diminuindo a possibilidade de superação. E, portanto, cria um círculo vicioso que parece indestrutível, mas não é, uma vez que seus comportamentos estão baseados em crenças que podem ser alteradas.

Nossos comportamentos refletem nossos pensamentos. Nossos pensamentos são formados pelas crenças que adquirimos ao longo da vida, em relação a nós mesmos, aos outros, e as situações.

" Porque, como imaginou em seu coração, assim é ele " ( Pv 23:7a)

Desse modo, a pessoa com baixa autoestima tem que se apropriar de alguns conceitos e valores e retirar da sua mente pensamentos inadequados. 

Temos que eliminar hábitos errados de pensar. Isso não é fácil, mas é possível corrigir as distorções do pensamento através da modificação dos pensamentos inadequados.

"...tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento”.(Fp 4:8) 




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