Por: Andressa Bueno
Sabe
aquela voz que te diz " você não vai passar", " não tenho
tempo", quando estiver estudando para algum exame de admissão? E que no
trabalho se repete " o chefe não gosta de você", " ele vai
lhe dispensar" ? Essa é a voz da baixa autoestima que te acompanha
cotidianamente, te deprimindo e "empurrando para trás".
Uma
pessoa com baixa autoestima, muitas vezes pensa negativamente sobre si mesma. E
a baixa autoestima é baseada mais em crenças do que em fatos e o bom disso tudo
é que as crenças podem ser alteradas.
Características
de uma pessoa com baixa autoestima:
- Nunca está satisfeito com nada. Carrega um sentimento de insatisfação constante.
- Geralmente não valoriza o que conquistou, e sim o que não consegui e o que não tem.
- Normalmente são pessoas extremamente críticas, tendem a buscar a imperfeição.
- São pessoas inseguras, não acreditam no seu potencial. Palavra chave (Não vou conseguir / Será?)
- São pessoas que tem medo de desafios.
- Não planejam o futuro.
- Sentem necessidade de aprovação dos outros. Geralmente os outros são responsáveis pelo seu estado de humor.
- Não sabem lidar com os elogios ( acha que é falsidade).
Causas
da baixa autoestima:
Ser
vítima de abusos (físico, emocional e psicológico); não ter tido suas
necessidades básicas da infância supridas; Discriminação e Bullings são algumas
causas da baixa autoestima.
A
pessoa com baixa Autoestima, ao longo do seu desenvolvimento, e a partir de uma
percepção equivocada das experiências com o meio [família, escola, igreja] ao
qual está inserido, estará formando a sua autoestima com base em ideias
negativas, distorcidas da realidade. Essas ideias passam a ser consideradas
como verdades absolutas. Para a Psicologia Cognitiva Comportamental, tais
verdades são denominadas de Crenças Centrais. O processo em si é normalmente
gradual, e sem perceber a pessoa pode vir a formar um resíduo de crenças
negativas sobre si mesma.
A
maioria dessas crenças são construídas na infância, quando a personalidade está
sendo formada e a pessoa ainda não desenvolveu os mecanismos
de defesa para enfrentá-las. Mas enquanto adulto, a pessoa poderá a viver
experiências que afetem sua autoestima e/ou outras que venham a reforçar as
crenças negativas adquiridas na infância. No entanto, o sofrimento psíquico lhe
acompanha ao longo dos anos até a idade adulta.
Para a
Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), tais crenças são ativadas com base em ideias
de DESAMPARO, DESVALOR e DESAMOR.
Na
crença de DESAMPARO a pessoa tem uma certeza
(irracional/inconsciente) de que é incompetente e sempre será um fracassado. Na
crença de DESAMOR a pessoa tem a certeza (irracional/ inconsciente) de que será
rejeitada. E com base na crença de DESVALOR, a pessoa acredita ser inaceitável,
sem valor algum.
Dependendo
de como estão enraizadas essas crenças negativas sobre si mesma, a pessoa pode
se sentir mal, por exemplo, quando falar em público. E tentando escapar de
situações assim, ela tende a reconfirmar tais crenças, diminuindo a
possibilidade de superação. E, portanto, cria um círculo vicioso que parece
indestrutível, mas não é, uma vez que seus comportamentos estão baseados em
crenças que podem ser alteradas.
Nossos
comportamentos refletem nossos pensamentos. Nossos pensamentos são formados
pelas crenças que adquirimos ao longo da vida, em relação a nós mesmos, aos
outros, e as situações.
" Porque, como imaginou em seu coração, assim é ele " ( Pv 23:7a)
Desse
modo, a pessoa com baixa autoestima tem que se apropriar de alguns conceitos e
valores e retirar da sua mente pensamentos inadequados.
Temos
que eliminar hábitos errados de pensar. Isso não é fácil, mas é possível corrigir
as distorções do pensamento através da modificação dos pensamentos inadequados.
"...tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento”.(Fp 4:8)
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